PROFª ANGELA CARLOTA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
SÉRIE: 2ºA/B
CONTEÚDO: DISTRIBUIÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL
HABILIDADE: LER, INTERPRETAR O TEXTO E EXTRAIR IMPLÍCITAS NO MAPA.
LEIA O TEXTO ABAIXO, INTERPRETE, E EM SEGUIDA RESPONDA AS QUESTÕES: ( A atividade deve ser enviada para o e-mail: victorsitioita@gmail.com)
ESPAÇO INDUSTRIAL DO BRASIL
O espaço industrial brasileiro, ou seja, a distribuição das áreas industriais no Brasil, é fruto da herança histórica do país, sobretudo do processo de industrialização ocorrido em território brasileiro. Tal processo ocorreu a partir da década de 1930, quando a crise de 1929 colocou fim ao ciclo do café, o que fez com que o Governo Vargas estimulasse a instalação de indústrias, que até então praticamente não existiam no Brasil.
Nos tempos posteriores, principalmente durante o governo de Juscelino Kubitschek, essa industrialização intensificou-se, muito por causa da grande quantidade de rodovias, hidrelétricas e algumas outras obras de infraestrutura constituídas nesse período. Além disso, houve a instalação de uma considerável quantidade de empresas multinacionais, com destaque para as empresas do ramo automobilístico, que se beneficiaram da política de construção de rodovias.
Atualmente, o espaço industrial brasileiro caracteriza-se por ser amplamente concentrado. Isso quer dizer que a maior parte das indústrias do país encontra-se em uma região específica, mais precisamente no Centro-Sul, com grande destaque para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que, juntos, abrigam mais da metade das indústrias do Brasil. Podemos observar no mapa a seguir, disponibilizado pelo IBGE, como as indústrias encontram-se mal distribuídas ao longo do território:
Mapa do espaço industrial brasileiro ¹
Essa concentração expressa no mapa – em que as regiões Sudeste e Sul, além do Nordeste em menor escala, abrigam um maior número de empresas – deve-se às heranças econômicas e também políticas do país. Essas regiões, de um modo geral, possuem mais infraestruturas e concentram a maior parte da população brasileira.
Todavia, atualmente ocorre um processo chamado Guerra Fiscal, que vem contribuindo para mudar esse cenário da indústria no Brasil. Entende-se por guerra fiscal a disputa entre diferentes regiões, estados e cidades para atrair as indústrias e gerar empregos, oferecendo vantagens para elas, como redução ou isenção de impostos, além de melhores benefícios e infraestruturas que facilitem o escoamento da produção.
Portanto, dizemos que está em curso um gradativo processo de desconcentração industrial no nosso país, com uma boa quantidade de indústrias migrando para outras áreas em busca de impostos mais baixos e mão de obra mais barata. Empresas multinacionais estrangeiras também acabam optando por regiões mais afastadas dos principais centros urbanos pelos mesmos motivos. Porém, isso não significa que as grandes cidades, como a capital paulista e a capital carioca, estejam perdendo seu dinamismo, mas sim se transformando em centros de negócios e abrigo de sedes internacionais de grandes empresas e instituições.
ATIVIDADES:
1 - Qual região e Estado existe maior concentração de indústrias?
2 - Por que ocorre esta concentração de indústrias nesta região?
3 - A implementação da política 'desenvolvimentista' da administração Kubitschek marca a utilização, pela primeira vez, de uma política deliberada de industrialização. Essa política consistia essencialmente de uma tarifa aduaneira efetivamente protecionista (…). Ao mesmo tempo, e complementarmente, a política fiscal era francamente expansionista e iniciou, no fim da década, a concessão de incentivos fiscais para o desenvolvimento industrial”.
SUZIGAN, W. Industrialização e política econômica: uma interpretação em perspectiva histórica. Pesquisa e Planejamento Econômico, nº5 (2). Rio de Janeiro: Ipea, dez. 1975. p.451-452.
O modelo industrial adotado no espaço geográfico brasileiro no período analisado pelo texto tinha como referência:
a) o caráter puramente nacionalista
b) a ampliação das exportações
c) o desenvolvimento agroindustrial
d) a construção de indústrias de base
e) a substituição de importações
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