terça-feira, 11 de maio de 2021

Língua Portuguesa - Profª Angélica

 

Professora – Angélica

Disciplina – Língua Portuguesa

Série: 7ºA

Semana – 10/05 – 14/05

Habilidades - Ler e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, poemas, entre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. Fazer uso consciente e reflexivo da norma- -padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando em consideração o contexto, situação de produção e as características do gênero. Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes do uso de figuras de linguagem. Identificar o uso adequado de concordância verbal em situações comunicativas (escrita e oral). Pontuar adequadamente textos de diferentes gêneros (ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências). Fazer uso consciente e reflexivo da norma- -padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando em consideração o contexto, situação de produção e as características do gênero.

ATIVIDADE 1 – EXPLORANDO CONTEXTOS

1. Leia os textos a seguir. Atente para a estrutura e para a linguagem neles presentes.

Texto 1 - As enchentes

As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam, no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.

 Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.

De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.

O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.

 Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!

 Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.

 O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.

Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações. Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

                                                                                                  Lima Barreto - Vida urbana, 19-1-1915          Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf                                        Acesso em: 15 set. 2019. 00_49734013_SPFE

1 – Responda as questões abaixo:

a) Quem produziu o texto?

 b) Quando foi produzido?

c) Onde foi publicado/divulgado?

 d) Quem é público potencial

e) Os acontecimentos estão organizados em quantos parágrafos?

 f) Onde e quando acontecem os fatos narrados?

2. Copie do texto as palavras que nos remetem à época da produção da crônica e use o dicionário físico ou virtual para conhecer o significado dessas palavras.

3. Na frase “O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio", a expressão “esse defeito” refere-se

a) (   ) comunicações.

b) (   ) inundações.

c) (   ) montanhas.

d) (   ) tráfego.

Texto 2 - E no caminho...

 Todos os dias, caminho alguns quilômetros para chegar ao trabalho. Esta caminhada me proporciona refletir sobre a vida e o comportamento das pessoas.

Ao percorrer a Rua das Acácias, uma cena me chama a atenção: duas senhoras estão sempre conversando na calçada com as vassouras entre as mãos, presumo ser para varrer as muitas flores e folhas caídas de duas árvores gigantescas.

Vou caminhando e refletindo sobre qual seria o assunto tratado por elas. Será que comentam sobre os filhos, sobre os preços das mercadorias do mercado, sobre fofocas de seus vizinhos ou “falam somente abobrinhas”?

Dessa forma, sigo pelo caminho até chegar ao meu trabalho, tendo a certeza de que amanhã as encontrarei no mesmo local, provavelmente, conversando sobre os mesmos assuntos.

 A mim, só resta continuar “carregando o mundo nas costas”, bem como permanecer curioso sobre o assunto tratado pelas duas senhoras.

Texto de Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Mariângela Soares Baptistello Porto, Ronaldo César Alexandre Formici (escrito especialmente para esse material).

1 - Responda as questões abaixo.

1. Você já observou uma situação como a descrita na crônica?

2. Pelo título do texto, dá para imaginar o assunto que será tratado na crônica?

3. Copie do texto as palavras ou expressões que pertencem à linguagem coloquial.

4. Qual é a importância dessas palavras para o sentido pretendido no texto?

5. Elabore um final para a crônica lida. Fique atento à escrita.

Texto 3

 A família se reuniu para decidir o que fazer no sábado. Já tinha combinado uma pescaria, semanas antes, depois de verificar no calendário que seria um sábado que antecederia o feriado da Páscoa.

 Leonardo, o filho caçula, que se preparava para o vestibular, anunciara que nesse dia faria um simulado, portanto, não poderia ir. Os outros filhos – Felipe e Fábio - ficaram surpresos com o fato, mas não quiseram adiar a tão esperada pescaria. Diante da situação, o pai combinou a ida com os dois filhos. A mãe preferiu ficar, a fim de dar apoio moral a Leonardo.

Amanheceu um sábado lindo de sol e céu azul. Logo de madrugada, os três saíram para o lazer programado e Leonardo, ansioso com o simulado do vestibular, também acordou cedo.

– Mãe, hoje vou para o cursinho e, assim que terminar meu simulado, te aviso. Você vai sair de casa depois?

– Não, filho! Depois que você chegar, podemos ir até o shopping para um lanche, pode ser?

– Pode, claro!

 Após o combinado, Leonardo se despediu e saiu. A mãe foi para o quintal e se deparou com os restos de madeira, algumas sobras de pedras, areia usada pelo pedreiro na reforma da piscina, o que a irritou profundamente.

O quintal era bastante grande. Num canto do corredor, também havia alguns poucos entulhos: pequenos pedaços de madeira e algumas pedras. A mãe apenas tratava de colocar as coisas no saco de lixo, se esquivando do cachorro que circulava de um lado para o outro sem dar espaço e sossego na limpeza. Foi quando ouviu alguém mexer no portão.

– Quem está aí? Perguntou a mãe, tensa.

– Oi, mãe, sou eu.

A mãe abriu o portão e viu que o filho já estava de volta e, sem perguntar nada, já foi fazendo o usual sermão. Ela estava uma fera!

 – Mas como? Você já está de volta? Nem prestou atenção neste simulado, menino! Como pode? Nem leu as questões para responder, não é possível. Deixei de sair para ficar com você e te apoiar neste momento e você nem considera o esforço que faço. Aposto que estava com a cabeça no Icloud!

– Mãe, eu não tenho culpa! Morri de estudar. A catraca do ônibus quebrou e por isso atrasei. Quando cheguei na escola não me permitiram entrar porque o simulado já havia começado. Voltei com o mesmo ônibus que fui, mãe. E você nem vai acreditar, a catraca já estava consertada!

Com peso na consciência pelo fato de não perguntar o que houve, a mãe olhou para a mochila que o filho carregava. Pensou na dedicação de, em sábado de sol com céu azul, o filho estar empenhado em estudar.

– Leonardo, sei que está cansado e imagino essa mochila nas costas estar bem pesada, mas, por favor, segura este saco para eu juntar este lixo que está aqui. O cachorro não me deu sossego, não consegui recolher o lixo todo.

– Claro, mãe.

– Filho, faz o seguinte, eu seguro o saco de lixo e você pega os entulhos para mim, minhas costas doem muito.

E assim, ainda com a mochila nas costas, o filho se abaixou e ficou parado, sem ação. Aquilo a irritou.

– Anda Leonardo, não tenho o dia todo!

 – Mãe, aquela cobra coral que o pai matou aqui no quintal esta semana, ele jogou aqui no ralo? (durante a semana uma cobra havia aparecido no quintal da casa).

 – Claro que não, menino! Que ideia é essa? Ele jogou fora.

– Mas, mãe, então isto que está em pé mostrando a língua para mim é uma outra cobra?! Numa ação rápida, a mãe puxou o filho e, em alerta, olhou aquela cobra pequena, mais uma cobra, circulando entre o lixo. Enquanto segurava a mangueira usada na limpeza, observava, também, o cachorro que, de alguma forma, percebera antes dela todo o perigo.

O filho entrou na casa, de forma a buscar ajuda.

A mãe chamou o vizinho, segurando o cachorro, agora preso na coleira, e pediu para matar a cobra.

 De pronta ajuda, o vizinho a atendeu. A única frase dita por ele foi:

– Poxa, você teve muita sorte. Veja isto... uma cobra coral.

 E assim, matou a cobra.

Minutos depois, Leonardo surge na garagem. Na verdade, a mãe havia se esquecido dele no momento da agitação.

 – Ué, cadê a cobra, mãe?

– Filho, você está bem? Estava no banheiro? A cobra, o vizinho já matou.

– Não, mãe, eu estava procurando na internet “como eliminar uma cobra coral” e vim para matá-la. Incrédula com tanta calma e paciência do filho, a mãe achou que fosse apenas uma brincadeira.

Ao anoitecer, com a volta do pai acompanhado pelos filhos mais velhos, a mãe relatou o acontecido. O pai comentou:

– Precisamos agradecer o vizinho pela ajuda.

E a mãe ainda concluiu:

– O Leonardo sumiu e, quando perguntei onde ele estava, me disse que, pesquisando na internet como matar uma cobra coral, pode isso? Nessa hora ainda acha meios para brincadeira... esse menino!

Arrancando risos de todos, um dos filhos grita do quarto:

– Mãe, é verdade! A pesquisa dele está registrada no histórico de busca...

Texto de Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Mariângela Soares Baptistello Porto, Ronaldo César Alexandre Formici (escrito especialmente para esse material).

1 - Responda as questões abaixo:

1. A oração “Ela estava uma fera!” é um exemplo de metáfora, ou seja, foi empregada no sentido figurado, adquiriu um novo significado a partir do contexto em que foi inserida. Qual o significado dessa expressão nesse contexto?

2. No trecho “Aposto que estava com a cabeça no Icloud”, a oração está empregada em seu sentido figurado. Primeiro responda: O que é Icloud? Agora, diga: Qual o sentido que adquiriu na oração em pauta?

 3. A palavra “simulado” aparece em várias ocorrências. Qual sinônimo, você daria a ela? Justifique a sua resposta.

 4. Observe o diálogo abaixo:

 “- Mãe, hoje vou para o cursinho e, assim que terminar meu simulado, te aviso. Você vai sair de casa depois?”

 Ao terminar a oração, o filho emprega o pronome “te”.

Na oração seguinte, ele usa um outro pronome. Qual? Esses dois pronomes se referem a quem?

5. Em “Ué, cadê a cobra, mãe?”, a palavra destacada pode ser substituída pela expressão __________________.

6. Observe o uso do ponto de exclamação nas duas orações abaixo:

 “...Ela estava uma fera!”

 “... a catraca já estava consertada!”

Em cada uma das orações, o ponto de exclamação adquiriu um significado. Explicite o significado adquirido em cada oração.

 

7. Qual o efeito de sentido do uso das reticências no final do texto?

8. No trecho em que o filho diz à mãe: “[...] eu estava procurando na internet [...]”, poderíamos substituir o verbo em negrito por outro criado recentemente para o uso na web. Você sabe dizer qual é? Depois, reescreva o trecho empregando esse verbo.

9. Observe o trecho “Deixei de sair para ficar com você e te apoiar nesse momento e você nem considera o esforço que faço.

Os dois verbos destacados foram empregados na primeira pessoa. Eles fazem referência a quem.

 10 - Complete o quadro a seguir.

 

Tema

Linguagem predominante (formal/informal)

Personagens

Situação de humor

As enchentes

 

 

 

 

E no caminho

 

 

 

 

Pesquisar para agir

 

 

 

 

 

Obs: enviar as atividades para o e-mail angélica_consentino@hotmail.com até 03/05.

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