Professora – Angélica
Disciplina – Língua Portuguesa
Série: 7ºA
Semana – 10/05 – 14/05
Habilidades - Ler e compreender – selecionando procedimentos
e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta
características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos
populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, poemas,
entre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo
preferências por gêneros, temas, autores. Fazer uso consciente e reflexivo da
norma- -padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros,
levando em consideração o contexto, situação de produção e as características
do gênero. Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de
diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos
formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e
culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua
produção. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções
da língua escrita. Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido
decorrentes do uso de figuras de linguagem. Identificar o uso adequado de
concordância verbal em situações comunicativas (escrita e oral). Pontuar
adequadamente textos de diferentes gêneros (ponto, ponto de exclamação, ponto
de interrogação, reticências). Fazer uso consciente e reflexivo da norma-
-padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando
em consideração o contexto, situação de produção e as características do
gênero.
ATIVIDADE 1 – EXPLORANDO CONTEXTOS
1. Leia os textos a seguir. Atente para a estrutura e para a
linguagem neles presentes.
Texto 1 - As enchentes
As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam, no
nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.
Além da suspensão
total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os
vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais
lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter
compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e
quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão
simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios
elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para
viver a sua vida integral.
Como está acontecendo
atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!
Não sei nada de
engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil
de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais,
procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos,
que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de
solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe
violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a
vencer era esse acidente das inundações. Infelizmente, porém, nos preocupamos
muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de
essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.
Lima Barreto -
Vida urbana, 19-1-1915 Disponível
em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf Acesso
em: 15 set. 2019. 00_49734013_SPFE
1 – Responda as questões abaixo:
a) Quem produziu o texto?
b) Quando foi
produzido?
c) Onde foi publicado/divulgado?
d) Quem é público
potencial
e) Os acontecimentos estão organizados em quantos
parágrafos?
f) Onde e quando
acontecem os fatos narrados?
2. Copie do texto as palavras que nos remetem à época da
produção da crônica e use o dicionário físico ou virtual para conhecer o
significado dessas palavras.
3. Na frase “O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo
embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do
nosso Rio", a expressão “esse defeito” refere-se
a) ( ) comunicações.
b) ( ) inundações.
c) ( ) montanhas.
d) ( ) tráfego.
Texto 2 - E no caminho...
Todos os dias,
caminho alguns quilômetros para chegar ao trabalho. Esta caminhada me
proporciona refletir sobre a vida e o comportamento das pessoas.
Ao percorrer a Rua das Acácias, uma cena me chama a atenção:
duas senhoras estão sempre conversando na calçada com as vassouras entre as
mãos, presumo ser para varrer as muitas flores e folhas caídas de duas árvores
gigantescas.
Vou caminhando e refletindo sobre qual seria o assunto
tratado por elas. Será que comentam sobre os filhos, sobre os preços das mercadorias
do mercado, sobre fofocas de seus vizinhos ou “falam somente abobrinhas”?
Dessa forma, sigo pelo caminho até chegar ao meu trabalho,
tendo a certeza de que amanhã as encontrarei no mesmo local, provavelmente,
conversando sobre os mesmos assuntos.
A mim, só resta
continuar “carregando o mundo nas costas”, bem como permanecer curioso sobre o
assunto tratado pelas duas senhoras.
Texto de Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian
Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Mariângela Soares Baptistello
Porto, Ronaldo César Alexandre Formici (escrito especialmente para esse
material).
1 - Responda as questões abaixo.
1. Você já observou uma situação como a descrita na crônica?
2. Pelo título do texto, dá para imaginar o assunto que será
tratado na crônica?
3. Copie do texto as palavras ou expressões que pertencem à
linguagem coloquial.
4. Qual é a importância dessas palavras para o sentido
pretendido no texto?
5. Elabore um final para a crônica lida. Fique atento à
escrita.
Texto 3
A família se reuniu
para decidir o que fazer no sábado. Já tinha combinado uma pescaria, semanas
antes, depois de verificar no calendário que seria um sábado que antecederia o
feriado da Páscoa.
Leonardo, o filho
caçula, que se preparava para o vestibular, anunciara que nesse dia faria um
simulado, portanto, não poderia ir. Os outros filhos – Felipe e Fábio - ficaram
surpresos com o fato, mas não quiseram adiar a tão esperada pescaria. Diante da
situação, o pai combinou a ida com os dois filhos. A mãe preferiu ficar, a fim
de dar apoio moral a Leonardo.
Amanheceu um sábado lindo de sol e céu azul. Logo de
madrugada, os três saíram para o lazer programado e Leonardo, ansioso com o
simulado do vestibular, também acordou cedo.
– Mãe, hoje vou para o cursinho e, assim que terminar meu
simulado, te aviso. Você vai sair de casa depois?
– Não, filho! Depois que você chegar, podemos ir até o
shopping para um lanche, pode ser?
– Pode, claro!
Após o combinado,
Leonardo se despediu e saiu. A mãe foi para o quintal e se deparou com os
restos de madeira, algumas sobras de pedras, areia usada pelo pedreiro na
reforma da piscina, o que a irritou profundamente.
O quintal era bastante grande. Num canto do corredor, também
havia alguns poucos entulhos: pequenos pedaços de madeira e algumas pedras. A
mãe apenas tratava de colocar as coisas no saco de lixo, se esquivando do
cachorro que circulava de um lado para o outro sem dar espaço e sossego na
limpeza. Foi quando ouviu alguém mexer no portão.
– Quem está aí? Perguntou a mãe, tensa.
– Oi, mãe, sou eu.
A mãe abriu o portão e viu que o filho já estava de volta e,
sem perguntar nada, já foi fazendo o usual sermão. Ela estava uma fera!
– Mas como? Você já
está de volta? Nem prestou atenção neste simulado, menino! Como pode? Nem leu
as questões para responder, não é possível. Deixei de sair para ficar com você
e te apoiar neste momento e você nem considera o esforço que faço. Aposto que
estava com a cabeça no Icloud!
– Mãe, eu não tenho culpa! Morri de estudar. A catraca do
ônibus quebrou e por isso atrasei. Quando cheguei na escola não me permitiram
entrar porque o simulado já havia começado. Voltei com o mesmo ônibus que fui,
mãe. E você nem vai acreditar, a catraca já estava consertada!
Com peso na consciência pelo fato de não perguntar o que
houve, a mãe olhou para a mochila que o filho carregava. Pensou na dedicação
de, em sábado de sol com céu azul, o filho estar empenhado em estudar.
– Leonardo, sei que está cansado e imagino essa mochila nas
costas estar bem pesada, mas, por favor, segura este saco para eu juntar este
lixo que está aqui. O cachorro não me deu sossego, não consegui recolher o lixo
todo.
– Claro, mãe.
– Filho, faz o seguinte, eu seguro o saco de lixo e você
pega os entulhos para mim, minhas costas doem muito.
E assim, ainda com a mochila nas costas, o filho se abaixou
e ficou parado, sem ação. Aquilo a irritou.
– Anda Leonardo, não tenho o dia todo!
– Mãe, aquela cobra
coral que o pai matou aqui no quintal esta semana, ele jogou aqui no ralo?
(durante a semana uma cobra havia aparecido no quintal da casa).
– Claro que não,
menino! Que ideia é essa? Ele jogou fora.
– Mas, mãe, então isto que está em pé mostrando a língua
para mim é uma outra cobra?! Numa ação rápida, a mãe puxou o filho e, em
alerta, olhou aquela cobra pequena, mais uma cobra, circulando entre o lixo.
Enquanto segurava a mangueira usada na limpeza, observava, também, o cachorro
que, de alguma forma, percebera antes dela todo o perigo.
O filho entrou na casa, de forma a buscar ajuda.
A mãe chamou o vizinho, segurando o cachorro, agora preso na
coleira, e pediu para matar a cobra.
De pronta ajuda, o
vizinho a atendeu. A única frase dita por ele foi:
– Poxa, você teve muita sorte. Veja isto... uma cobra coral.
E assim, matou a
cobra.
Minutos depois, Leonardo surge na garagem. Na verdade, a mãe
havia se esquecido dele no momento da agitação.
– Ué, cadê a cobra,
mãe?
– Filho, você está bem? Estava no banheiro? A cobra, o
vizinho já matou.
– Não, mãe, eu estava procurando na internet “como eliminar
uma cobra coral” e vim para matá-la. Incrédula com tanta calma e paciência do
filho, a mãe achou que fosse apenas uma brincadeira.
Ao anoitecer, com a volta do pai acompanhado pelos filhos
mais velhos, a mãe relatou o acontecido. O pai comentou:
– Precisamos agradecer o vizinho pela ajuda.
E a mãe ainda concluiu:
– O Leonardo sumiu e, quando perguntei onde ele estava, me
disse que, pesquisando na internet como matar uma cobra coral, pode isso? Nessa
hora ainda acha meios para brincadeira... esse menino!
Arrancando risos de todos, um dos filhos grita do quarto:
– Mãe, é verdade! A pesquisa dele está registrada no
histórico de busca...
Texto de Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian
Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Mariângela Soares Baptistello
Porto, Ronaldo César Alexandre Formici (escrito especialmente para esse
material).
1 - Responda as questões abaixo:
1. A oração “Ela estava uma fera!” é um exemplo de metáfora,
ou seja, foi empregada no sentido figurado, adquiriu um novo significado a
partir do contexto em que foi inserida. Qual o significado dessa expressão
nesse contexto?
2. No trecho “Aposto que estava com a cabeça no Icloud”, a
oração está empregada em seu sentido figurado. Primeiro responda: O que é
Icloud? Agora, diga: Qual o sentido que adquiriu na oração em pauta?
3. A palavra
“simulado” aparece em várias ocorrências. Qual sinônimo, você daria a ela?
Justifique a sua resposta.
4. Observe o diálogo
abaixo:
“- Mãe, hoje vou para
o cursinho e, assim que terminar meu simulado, te aviso. Você vai sair de casa
depois?”
Ao terminar a oração,
o filho emprega o pronome “te”.
Na oração seguinte, ele usa um outro pronome. Qual? Esses dois
pronomes se referem a quem?
5. Em “Ué, cadê a cobra, mãe?”, a palavra destacada pode ser
substituída pela expressão __________________.
6. Observe o uso do ponto de exclamação nas duas orações
abaixo:
“...Ela estava uma
fera!”
“... a catraca já estava
consertada!”
Em cada uma das orações, o ponto de exclamação adquiriu um
significado. Explicite o significado adquirido em cada oração.
7. Qual o efeito de sentido do uso das reticências no final
do texto?
8. No trecho em que o filho diz à mãe: “[...] eu estava procurando
na internet [...]”, poderíamos substituir o verbo em negrito por outro criado
recentemente para o uso na web. Você sabe dizer qual é? Depois, reescreva o
trecho empregando esse verbo.
9. Observe o trecho “Deixei de sair para ficar com
você e te apoiar nesse momento e você nem considera o esforço que faço.”
Os dois verbos destacados foram empregados na primeira
pessoa. Eles fazem referência a quem.
10 - Complete o
quadro a seguir.
|
Tema |
Linguagem
predominante (formal/informal) |
Personagens |
Situação de
humor |
As enchentes |
|
|
|
|
E no caminho |
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Pesquisar
para agir |
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Obs: enviar as atividades para o e-mail angélica_consentino@hotmail.com
até 03/05.
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